45% dos advogados tiveram depressão em algum momento da carreira e Apam alerta para aumento de casos - André Gomes
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45% dos advogados tiveram depressão em algum momento da carreira e Apam alerta para aumento de casos

Os advogados estão entre as categorias profissionais que mais sofrem com o estresse e outros transtornos mentais mais graves como a depressão. Estudos recentes têm demonstrado que problemas de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas têm sido prevalentes na profissão durante o isolamento social (ou a quarentena). Por isso, a Associação Paraibana de Advocacia Municipalista (Apam) tem reforçado o alerta para que os advogados paraibanos mantenham a atenção para alguns sintomas e procurem ajuda de um especialista.

Uma pesquisa com 15 mil advogados, feita por uma comissão da American Bar Association (ABA) e pela Fundação Hazelden Betty Ford, mostra que 21% dos advogados sofrem depressão e 45% revelaram que já sofreram depressão em algum ponto de suas carreiras. Quase sempre nos primeiros 10, 15 anos de prática. Trata-se de uma enorme massa de advogados que acordam, vivem e trabalham sob os efeitos de antidepressivos, ansiolíticos e outras drogas de tarja preta, sem falar nos aliviantes estomacais.

Os dados mostram ainda que problema de ansiedade afeta 19% dos advogados. E 21% lidam com alcoolismo e se consideram alcoólatras problemáticos. No geral, 36% lidam têm problemas de “abuso de bebidas alcoólicas”. E ainda 12% relataram ter pensamentos suicidas por pelo menos uma vez, no exercício da profissão.

O presidente da Apam, Marco Villar, disse que relação profissional de disputa, de desgaste físico e mental, de muito estudo aliada ao desrespeito que a profissão geralmente sofre, impõe uma reflexão e uma atenção especial por parte da Apam. “Por isso fazemos esse alerta para que os profissionais mantenham os cuidados com a saúde, principalmente a mental. São muitos problemas enfrentados no dia a dia e isso tem agravado a situação da saúde mental na profissão, principalmente nesse período de pandemia e isolamento social”, disse.

Marco Villar lembrou ainda da Cartilha da Saúde Mental elaborada pela OAB que mostra que um dos sintomas para um quadro de depressão é a ansiedade generalizada que pode ser caracterizada pela presença de outros sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. A angústia, tensão, preocupação, nervosismo ou irritação. A publicação diz ainda que são frequentes sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, cansaço fácil, tensão muscular, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se.

São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria. Nessa síndrome, os sintomas têm alto potencial para causar sofrimento significativo e prejudicar a vida social e ocupacional do indivíduo. Um sentimento de vergonha pode aumentar a ansiedade – “os outros perceberão que estou assustado”.

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