Além de punir, a justiça também deve preparar o retorno do apenado à sociedade. É o que defende o pré-candidato a deputado federal Heron Cid (PSB), que visitou o Presídio Regional de Patos Procurador Romero Nóbrega e conheceu o trabalho realizado na unidade para ressocializar os homens que estão cumprindo pena. Para o jornalista, é preciso investir em políticas de inclusão para quem pagou pelos crimes e precisa recomeçar.
“Não adianta se enganar numa sanha de punição. A justiça precisa ser feita, mas os apenados irão voltar à sociedade em algum momento. E como eles vão voltar?”, indagou Heron. Ele defende que os apenados sejam produtivos e aprendam novas habilidades, estudem e saiam aptos a reconstruir a vida.
No Presídio em Patos, que tem como diretor Charles Martins, os detentos contam com uma biblioteca vasta e uma horta em que podem plantar e colher itens que fazem parte de sua alimentação. Heron defende que outras unidades prisionais implantem projetos que apresentem uma nova possibilidade de trabalho, oferecendo oportunidades para quando deixarem o local, os antes detentos saibam como reiniciar a vida.
“Espero a oportunidade de sair daqui e fazer coisas diferentes. Agora estou na agricultura, plantando honesto para colher honestamente”, contou um dos apenados, que enquanto está na prisão, passa parte do tempo cuidando das hortaliças plantadas no local.
Panorama nacional
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil possui cerca de 920 mil pessoas presas, número alcançado durante a pandemia da covid-19 e que representa um recorde no país, que ocupa o 3º lugar no ranking dos países que mais prendem pessoas no mundo.
