A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – registrou um aumento no número de denúncias de violência contra a mulher no primeiro semestre de 2024, na Paraíba. Foram 1.102 denúncias, o que representa um aumento de 30,72% em relação ao mesmo período de 2023. Nesta terça-feira (20), a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) lamentou o crescimento da violência contra as mulheres e destacou a importância da campanha ‘Rompa o Ciclo de Violência’, promovida pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).
“Temos visto, a cada dia, um aumento nos casos de violência contra a mulher, e essa campanha, promovida pela Assembleia Legislativa nos meios de comunicação, reforça a luta pelo fim dessa violência. É importante mostrar como a violência acontece para alertar as mulheres paraibanas que, por ventura, passam por isso, incentivando-as a denunciar. É fundamental quebrar o ciclo da violência, e essa campanha promovida pela Casa, por meio da sensibilidade do presidente Adriano Galdino, tem esse objetivo”, destacou Camila.
A deputada foi a idealizadora do movimento ‘Rompa o Ciclo da Violência’, lançado durante uma Sessão Especial na Assembleia Legislativa no mês de março. A iniciativa tem desenvolvido uma série de ações que se interligam, com um propósito único: proteger e incentivar mulheres a romperem o ciclo da violência. Dentro dessas ações, houve a publicação de uma coletânea de ‘Legislação Estadual sobre Violência Contra a Mulher’, que, segundo a deputada, contribui para que as mulheres paraibanas conheçam as leis que as protegem e garantem seus direitos.
Na Assembleia Legislativa, a deputada Camila Toscano apresentou o Projeto de Lei 2.181/24, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado da Paraíba o movimento “Rompa o Ciclo da Violência”, a ser realizado na primeira semana de março. “Infelizmente, ainda vivenciamos muitos casos de violência doméstica no Estado da Paraíba, motivo pelo qual se faz necessária a adoção de movimentos sociais e políticos para prevenir e combater esse mal. Assim, com o intuito de institucionalizar esta semana no Estado da Paraíba, visto que já há execução nesta Casa de Leis, apresentamos o presente projeto de lei”, disse.
Dados
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social da Paraíba, 630 denúncias foram realizadas pelas próprias vítimas, e outras 471 foram feitas por terceiros. A casa da vítima foi o local mais frequente dos casos de violência, com 505 registros.
As mulheres entre 35 e 39 anos foram as que mais registraram denúncias, representando 241 casos. A maior parte das vítimas era negra, com 541 casos, enquanto os principais agressores foram identificados como maridos, companheiros ou ex-companheiros, com 390 registros.