O deputado paraibano Hugo Motta ganhou um cabo eleitoral de peso para disputa pela presidência da Câmara Federal: o presidente Lula (PT). A movimentação se deu em conjunto com a desistência do presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, desistir da disputa em favor de Hugo.
Em entrevista recentes à imprensa da Paraíba, Hugo, que é do Republicanos na Casa, afirmou que não disputaria a sucessão do deputado Arthur Lira por respeitar a decisão do seu partido em apoiar Pereira, que é vice-presidente da Câmara. Agora, o caminho está livre.
A informação foi divulgada pelo blog do colunista Lauro Jardim (O Globo) e complementadas pelo blog do jornalista Gerson Camarotti.
Pereira era um dos três principais nomes na disputa, junto do líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e do líder do PSD, Antônio Brito.
O presidente Lula foi avisado no final da tarde da segunda-feira (2) da decisão de Pereira. Elmar Nascimento se reuniria na noite dessa terça-feira(3) com Lira para discutir uma possível desistência.
Mais cedo nessa terça, o presidente Lula se reuniu com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. E pediu que Brito retirasse a candidatura. Kassab não aceitou.
A cúpula do União Brasil tinha a expectativa de que Lira anunciasse o apoio a Elmar Nascimento até o fim desta quarta-feira (4). A avaliação foi de que ao determinar um prazo – até o fim de agosto – para estabelecer de quem seria seu apoio, Lira criou uma situação difícil para seus aliados. E uma demora em anunciar o nome de Elmar acabaria por fragilizar a candidatura do líder do União Brasil.
Líderes partidários estiveram presentes em reunião na Residência Oficial na tarde de terça (03). Ao fim, disseram que estavam tentando uma solução de consenso.
O líder da Maioria, André Figueiredo (PDT-CE), afirmou: “A gente está no momento de fortalecimento do Parlamento. Se a gente sai fracionado, o Parlamento acab perdendo essa força. A nossa busca é pelo consenso”.
O governo também passou a apoiar a tese de Lira de que uma disputa entre mais de um candidato acabaria fragilizando não apenas Lira como o próprio governo. Mas tinha resistências ao nome de Elmar alegando que a sucessão de Rodrigo Pacheco no Senado está adiantada e que o União Brasil comandaria as duas casas.
A ascensão de Motta pode significar o último capítulo do imbróglio.