O número de caos de violência contra a mulher vem crescendo em todo o Brasil e essa realidade não é diferente em João Pessoa. Só no primeiro semestre desse ano, o Sistema de Procedimentos Policiais (SPP) da Delegacia Geral da Polícia Civil registrou pelo menos 911 casos. Para garantir a independência financeira dessas mulheres vítimas de violência, o pré-candidato a prefeito de João Pessoa, Eduardo Carneiro (PRTB), propôs a destinação de 5% das vagas de terceirizados na Prefeitura da Capital (PMJP) para essas trabalhadoras.
De acordo com Eduardo, as empresas prestadoras de serviços continuados e terceirizados da PMJP realizarão um processo seletivo para a contratação das trabalhadoras mediante acesso a cadastro mantido por instituições públicas parceiras e encaminhamento da Secretaria Municipal de Assistência Social. “Muitas vezes as mulheres se mantêm nas situações de violência por depender do homem para sobreviver. Precisamos enfrentar essa realidade e garantir que elas tenham sua independência financeira e possam se libertar dos seus agressores”, comentou.
Os dados do Sistema de Procedimentos Policiais da Delegacia Geral da Polícia Civil mostram que o mês de janeiro teve o maior número de registros, com 226 ocorrências notificadas. Já maio teve o menor número de registros, com 104 casos. As notificações voltaram a subir em junho, com 133 ocorrências.
A maior parte dos registros de violência contra a mulher foram identificados na região Sul da Capital, com 477 notificações, equivalentes a 52% das ocorrências. Já a região Norte registrou 434 casos, que correspondem a 48%. O bairro com maior índice de violência doméstica nos primeiros seis meses deste ano foi Mangabeira, com 100 casos; seguido por Valentina, com 59; e Cristo Redentor, com 55.
Segundo pesquisa do Ministério da Mulher realizada junto a órgãos de segurança de 12 Estados do País, casos de feminicídio aumentaram 22,2% de março para abril, enquanto houve queda nos boletins de ocorrência em casos de agressão e violência sexual. Esses resultados confirmam a tese de que há incremento da violência doméstica e familiar no período de quarentena, ainda que esse avanço não esteja sendo captado pelos boletins de ocorrência.