Veio das mulheres a agilidade na hora de adotar inovações em seus negócios durante a crise econômica causada pelo novo coronavírus. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas a maioria das mulheres (71%) fez uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos. Já o percentual de homens que utilizaram essas ferramentas foi 63%. No Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o vereador de João Pessoa, Thiago Lucena (PRTB), enaltece a inserção das mulheres na liderança de negócios, mas lembra que ainda é preciso quebrar barreiras do machismo para que elas avancem ainda mais.
A pesquisa mostrou que as empreendedoras passaram – por força das medidas de isolamento social – a utilizar mais as vendas online do que os homens (34% delas contra 29% dos empreendedores). As mulheres donas de negócios também inovaram mais na oferta de seus produtos e serviços (11%) contra 7% dos homens; e usaram mais os serviços de delivery (19%), enquanto 14% dos empresários passaram a adotar essa mesma estratégia.
“As mulheres empreendedoras têm um nível de escolaridade 16% superior ao dos homens. Mas, ainda continuam ganhando 22% menos que os empresários. Na hora de ter acesso a crédito e linhas de financiamento, elas acessam um valor médio de empréstimos de aproximadamente R$ 13 mil a menos que a média liberada aos homens e ainda pagam taxas de juros 3,5% acima do sexo masculino, mesmo sendo mais adimplentes”, comentou o vereador, citando dados da pesquisa realizada pelo Sebrae no ano passado sobre o empreendedorismo feminino.
Thiago Lucena é presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo e Inovação na Câmara de João Pessoa e propõe a realização de debates que possam trazer essas questões à tona para que haja sempre oportunidades equivalentes para homens e mulheres que estão à frente de negócios. “Sabemos que avançamos, mas ainda observamos essas diferenças no mercado no tratamento a homens e mulheres”, ressaltou.