Na pandemia, 97,8% das mulheres foram mortas pelo companheiro; projeto de Doutora Paula cria auxílio para órfãos do feminicídio - André Gomes
Siga nas redes sociais

Política

Na pandemia, 97,8% das mulheres foram mortas pelo companheiro; projeto de Doutora Paula cria auxílio para órfãos do feminicídio

Tramita na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) o projeto de Indicação, de autoria da deputada Doutora Paula (Progressistas), que institui e disciplina Auxílio, destinado a beneficiar órfãos e órfãs vítimas de feminicídio na Paraíba. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que durante a pandemia, 97,8% das mulheres foram mortas por um companheiro, seja antigo, atual ou outro parente. As mulheres negras são 66,7% das vítimas. Em relação à faixa etária: 70% das mulheres mortas tinham entre 18 e 44 anos.

“As consequências deixadas pela violência do feminicídio no Brasil ganham dimensão estrutural, afetando a sociedade de forma ascendente tal o seu crescimento em ocorrências e intervalos que estes acontecem. O feminicídio deixou aproximadamente 2.300 órfãos no país, apenas em 2021. Considerando que as vítimas do feminicidio fazem parte de uma composição familiar torna-se claro que os impactos do crime afetam de forma direta a família em questão, que é, muitas vezes, levada a uma condição de vulnerabilidade social”, destacou a deputada.

A sugestão da deputada Doutora Paula, assegura a proteção integral das crianças e dos adolescentes, bem como o direito de viverem em um lar sem violência; preserva a saúde física e mental, o pleno desenvolvimento e os direitos específicos das crianças e dos adolescentes à condições de vítimas ou testemunhas de violência no âmbito de relações domésticas, familiares e sociais; e resguarda as crianças e os adolescentes de toda forma de negligência, discriminação, abuso e opressão, a teor do que dispõe o art. 2º da Lei Federal nº 13.431, de 4 de abril de 2017.

A deputada lembra que no Brasil, a título de exemplo, a cada 60 (sessenta) segundos, 25 (vinte e cinco) mulheres sofrem algum tipo de violência, ameaça ou agressão física – de acordo com os dados do IPEC (Instituto de Pesquisa e Consultoria) relativos ao ano de 2020. Situação agravada, posteriormente pela pandemia da Covid-19.

“Nesse sentido, é nítido que a responsabilidade do poder público não deve se encerrar na punição do assassino. É preciso, também, garantir que os direitos básicos da família envolvida sejam protegidos, em especial das crianças e adolescentes agora órfãos e órfãs. Por isso, ganha importância a instituição do Auxilio do Governo do Estado da Paraíba com a Transferência de Renda prevista no presente Requerimento de Indicação, um mecanismo de proteção dos vulneráveis, vítimas indiretas da violência sofrida pelas suas mães ou responsáveis”, afirmou Doutora Paula.

Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

quinze − catorze =

Publicidade
Publicidade

Notícias relacionadas

Política

O Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine-PB), a partir desta segunda-feira (23), disponibiliza 1.189 vagas de emprego em 11 municípios do estado. Somente...

Política

O governador João Azevêdo formalizou, nesta sexta-feira (20), a contratação de mais um empreendimento para o Polo Turístico Cabo Branco. A rede brasileira de...

Política

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Antônio Nominando Diniz Filho, anunciou nesta sexta-feira (20), a concessão de aposentadoria compulsória ao...

Política

O governador João Azevêdo celebrou contrato de prestação de serviços logísticos e transporte de carga com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)...

Copyright © 2023 Feito com JS Dev.