Com oito parques em operação na geração de energia solar fotovoltaica centralizada, com potência de 127 MW, e 21 parques eólicos com capacidade instalada de 337,38 MW, a Paraíba vem se destacando no cenário nacional na produção de energia renovável, com tendência de crescimento do setor após conclusão dos novos parques em implantação.
A Paraíba possui um dos maiores índices de radiação solar no Brasil, chegando a atingir anualmente mais de 2.200 kWh/m2 no setor oeste do Estado. Com relação ao potencial de energia eólica, a capacidade estimada para instalação em solo (onshore) no Estado é de 10,2 GW em locais com velocidade média superior a 7,5 m/s. Os dados são do Atlas Brasileiro de Energia Solar – 2ª Edição, publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/2017) e representam o potencial de destaque do Estado, no setor.
Na geração de energia solar fotovoltaica centralizada, a Paraíba possui atualmente oito parques em operação que totalizam uma potência instalada de 138,20 MW. Está em fase de construção seis parques, que totalizam 194,87 MW, e previsão de instalação de mais 23 parques, que totalizam 880,54 MW. O segmento é considerado um modelo limpo de energia, por conta da pouca produção de poluentes.
Com relação à geração distribuída, a Paraíba é destaque nacional em empreendimentos de energia solar fotovoltaica. Em setembro de 2021, a potência instalada atingiu cerca de 127 MW, abrangendo 9.590 unidades consumidoras, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Estado também se destaca no potencial de energia eólica, com capacidade estimada para instalação em solo (onshore), que é de 10,2 GW em locais com velocidade média superior a 7,5 m/s.
Atualmente, a Paraíba tem 21 parques eólicos em operação que totalizam uma capacidade instalada de 337,38 MW; nove parques em construção com uma capacidade total de 266,87 MW, e mais 14 outorgados que totalizam 589,14 MW. O Estado possui 1,10 GW de capacidade instalada para geração de energia elétrica: 43,5% em energia renovável e 56,5% não renovável. Com a conclusão das obras em andamento e as previstas, a capacidade total atingirá de cerca de 3,06 GW, e matriz de energia elétrica passará a ser 79,5% renovável e 20,4% não renovável.
Este cenário demonstra a importância da Paraíba em nível nacional na área energética, que vem crescendo cada vez mais. Isto porque, “a Paraíba é um dos estados que apresentam excelentes condições para investimentos em energias renováveis, devido a qualidade dos recursos energéticos, principalmente os eólico e solar; estradas e rodovias em condições adequadas; disponibilidade de sistemas de comunicação próximos aos sítios energéticos, e condições para escoamento da energia gerada pelos empreendimentos”, avaliou o secretário executivo de Energia Robson Barbosa.
Ele ressaltou que o setor de energia renovável tem criado empregos e melhorado as condições de vida dos arrendatários das terras onde se localizam os empreendimentos, o que tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida dessas regiões, notadamente, no sertão e semiárido paraibanos.
Destaca-se também a boa gestão na parte de licenciamento ambiental feito pela Sudema, que, segundo o superintendente Marcelo Cavalcante, tem sido ágil nos processos que tramitam no órgão. “Estamos trabalhando de modo a empregar ainda mais celeridade à análise dos processos de licenciamento do setor de energias renováveis, pensando sempre em conciliar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade. Nesse sentido, a implantação desses empreendimentos está sendo feita de maneira sustentável, inclusive com a conversão da reposição florestal para a recuperação das nascentes do alto curso do Rio Paraíba, por meio do projeto Nascente Viva”, afirmou.
Energia solar fotovoltaica nos órgãos públicos
A ação visa a modelagem de geração de energias renováveis para atender o consumo do Estado, nas áreas de Educação, Saúde, mobilidade. É uma iniciativa importante na melhoria no Meio Ambiente, bem como na economia dos gastos públicos com o consumo de energia.
Segundo o secretário de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, Deusdete Queiroga, com a implantação das usinas fotovoltaicas, estima-se uma redução significativa no valor da conta mensal de energia elétrica, gerando economia no custeio do Estado.
A iniciativa contribui para aumentar o uso de energia renovável no Estado, ajuda a mitigar impactos ambientais, considerando que a geração de energia solar fotovoltaica não gera gases de efeito estufa e contribui para atingir as metas de redução das emissões do Brasil no âmbito do Acordo de Paris.