“Foram três anos de intensos debates até chegarmos ao resultado atual. As novas tecnologias e a comunicação digital trouxeram novos desafios e oportunidades para a prática médica. Sem dúvidas, a Resolução CFM 2336/2023 é um passo importante para o alinhamento ético dessas novas realidades. Essas mudanças têm o objetivo não apenas trazer modernização da comunicação na Medicina, mas também garantem que a informação chegue ao público de maneira ética e responsável”, comentou.
Entre as principais mudanças, ela cita aquelas que acontecem no ambiente das Redes Sociais, canal que hoje é o mais utilizado pelos profissionais da área para difundir seus serviços. “Os médicos podem divulgar seu trabalho, equipamentos disponíveis, preços de consultas e procedimentos, além de realizar campanhas promocionais de forma ética”, adiantou.
As publicações de selfies e depoimentos de pacientes também são permitidos. Contudo, é preciso que sejam tomados alguns cuidados. Annelise explicou que para isso, os pacientes precisam estar sóbrios, sem o efeito de medicamentos que possam comprometer o raciocínio. Também é preciso que sejam evitadas as promessas de um resultado específico, e que não contenham adjetivos que sugiram superioridade do profissional. “A intenção é evitar o uso desses elogios como uma maneira de se autopromover e burlar a regra”, frisou.
Imagens de Antes e Depois
“Lembramos que nesse caso não se deve utilizar edição, manipulação ou melhoramento das imagens. Também não pode anunciar práticas revolucionárias ou milagrosas, ou novos procedimentos que não tenham sido aprovados para uso médico pelo CFM. O profissional também não pode exagerar a respeito de suas próprias habilidades ou ainda das instalações de onde trabalha, pois pode ser passível a sindicância”, explicou a conselheira federal Annelise Meneguesso.
Equipamentos e tecnologias
Debate sobre novas regras
A Resolução CFM 2336/2023
A resolução foi elaborada pelos 20 Conselheiros Federais da Codame, entre eles, a conselheira da Paraíba no CFM, a médica endocrinologista Annelise Meneguesso. O trabalho teve a relatoria do médico conselheiro coordenador, Emmanuel Fortes.