Parlamentares com menos de 30 anos representam apenas 7,2% dos eleitos em 2020 - André Gomes
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Política

Parlamentares com menos de 30 anos representam apenas 7,2% dos eleitos em 2020

Descredibilidade e deslegitimidade, machismo e racismo, saúde mental e privacidade digital, desigualdades de recursos financeiros e espaço de protagonismo nos partidos são alguns dos principais desafios apontados por jovens para ingressar na política. Os relatos fazem parte da pesquisa ‘#JovensNoPoder – Redesenhando o Rumo da Política Agora!’, que aponta que vereadores com menos de 30 anos representam apenas 7,2% dos eleitos em 2020, número bem inferior ao ano de 2012, quando eram 8,7%.

Para a secretária executiva de Estado das Juventudes e pré-candidata a deputada federal, Rafaela Camaraense, é preciso acabar com as barreiras que impedem os jovens de ingressar na política. “Carecemos de ações mais robustas e mudanças estruturais para modificar essa realidade. Além de renovar a política, trazendo referências positivas e oxigênio para enfrentar as crises democráticas, jovens possuem maneiras inovadoras de questionar o sistema, propondo fazeres que sejam mais próximos das realidades dos cidadãos”, destacou.

A pesquisa revela que as dificuldades para os jovens não estão apenas em sair candidatos, mas também a participar do processo eleitoral. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que pouco mais de um milhão de eleitores entre 16 e 17 anos estiveram aptos a votar, em 2020. Número 55% menor que o contabilizado em 2016. Esses jovens representam 0,7% do eleitorado, contra 1,6% na última eleição municipal.

Para Rafaela Camaraense, a grande potencialidade das juventudes está no fato de que, ao ocuparem os espaços do legislativo e executivo, levam consigo todas as vivências diversas que servem de base para a construção de políticas públicas mais inclusivas e plurais. “Temos que reconhecer os jovens como sujeitos políticos capazes de alterar lógicas de poder que limitam a visão positiva e transformadora da política”, observou.

De acordo com a secretária, os jovens, assim como mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+ são grupos mais vulneráveis socialmente no Brasil. E quando as camadas sociais de gênero, cor/raça e classe se juntam, as realidades ficam mais desiguais. “Por isso, é necessário fortalecer a imaginação política com referências e práticas positivas que possam resgatar a confiança das pessoas, principalmente dos jovens, nas instituições políticas”, disse.

Participação

De acordo com a pesquisa, com a democracia sendo disputada por governos populistas e antidemocráticos, a aceleração das mudanças por meio da tecnologia digital e os desafios da pandemia da covid-19, que evidenciam ainda mais as desigualdades sociais, as jovens lideranças podem ser elos condutores de transformações vitais para o futuro das democracias.

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