Atendendo à solicitação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu a Nota Conjunta nº 2, de 6 de março de 2025, com o Protocolo de Profilaxia de Pré-Exposição da Vacina Antirrábica Humana para Grupo de Risco. O documento reforça que médicos-veterinários, zootecnistas e outros profissionais que atuam diretamente com animais têm direito à vacinação preventiva, e orienta as equipes de imunização sobre os critérios para a aplicação das doses.
A medida foi tomada após o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, se reunir com o chefe do Núcleo de Zoonoses da SES, Francisco de Assis Azevedo, para buscar soluções para as dificuldades relatadas pelos profissionais para acessar a vacina.
Assis Azevedo destacou que os interessados devem procurar o serviço de saúde de seu município para receber a imunização, respeitando os critérios estabelecidos no protocolo. “Temos apenas algumas orientações, como por exemplo, o fato do interessado já ter feito uso da vacina alguma vez na vida depois de uma possível exposição ao vírus, ter comprovação de que realmente faz parte do grupo de risco”, explicou.
O chefe do Núcleo de Zoonoses também alertou que, infelizmente, alguns profissionais que atuam nos serviços de imunização desconhecem essa orientação, o que acaba dificultando o acesso à proteção adequada. A emissão da nota conjunta busca justamente sensibilizar as equipes e uniformizar o atendimento.
A profilaxia pré-exposição é feita com duas doses de vacina: a segunda é aplicada sete dias depois da primeira. Essa estratégia é indicada para pessoas com risco contínuo de exposição ao vírus da raiva, como: médicos-veterinários e estudantes da área; zootecnistas que lidam diretamente com animais; biólogos e profissionais de laboratórios de virologia e anatomopatologia para raiva; e profissionais que trabalham com fauna silvestre e controle populacional de animais.
Segurança
Segundo o Ministério da Saúde, essa vacinação é essencial para prevenir a raiva, uma doença letal que pode ser transmitida por mordidas, arranhões ou contato com a saliva de animais infectados. A imunização prévia é a maneira mais eficaz de garantir a segurança desses profissionais que estão constantemente expostos ao risco.
O CRMV-PB orienta que médicos-veterinários e zootecnistas procurem as Secretarias Municipais de Saúde munidos de documentos que comprovem a atuação profissional. Além disso, o conselho seguirá dialogando com os órgãos competentes para sensibilizar as equipes de imunização sobre a importância da vacina para esses trabalhadores essenciais à saúde pública e ao controle de zoonoses.
“O médico-veterinário é a linha de frente no combate e prevenção à raiva animal, e proteger esses profissionais é proteger a saúde coletiva”, destacou José Cecílio.
