Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. O problema afeta 9,3% da população. Já os transtornos depressivos atingem 5,8% dos brasileiros, tornando o país o 5º mais depressivo do mundo. Um estudo desenvolvido pelo Programa de Pós-graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), publicado na revista científica Frontiers, observou que a religião, seja ela qual for, tem um impacto positivo na saúde mental.
Neste mês, Setembro Amarelo, dedicado a prevenção ao suicídio, o deputado estadual (licenciado), Jutay Meneses (Republicanos), reforça que a fé é fundamental para recuperação de enfermidades e manutenção da vida.
A pesquisa da UFRGS detectou que pessoas com maior crença e religiosidade possuem maior nível de neuroplasticidade cerebral, que é a capacidade que o cérebro tem de expandir conexões e encontrar novos caminhos para continuar funcionando, beneficiando diretamente a saúde mental.
O estudo destaca ainda que pessoas que tenham a sua espiritualidade e uma vida saudável tendem a ter melhor saúde mental e até a se recuperar mais rapidamente de quadros psiquiátricos.
“Apesar da fé ser um fator importante, não podemos esquecer que a ciência também é fundamental no processo de recuperação. Em casos de depressão, por exemplo, muitas vezes as pessoas necessitam de tratamento farmacológico e isso é papel da medicina. Mas a fé unida a ciência é capaz de salvar vidas”, destacou Jutay.
O deputado alerta ainda para a dificuldade de tratamento para os problemas de depressão. Para ele, por mais que os tratamentos psiquiátricos tenham evoluído e a importância dos cuidados com a saúde mental seja um assunto cada vez mais falado, o tema ainda é cercado de preconceitos e tabus, especialmente entre as populações mais carentes, o que faz com que muita gente não busque ajuda. “Nesse caso, as igrejas e as religiões assumem um papel importante para desmistificar os tabus e orientar na busca de um atendimento especializado”, disse.