Turismo religioso movimenta R$ 15 bi por ano; lei de Camila fortalece festejos ao Padre Ibiapina - André Gomes
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Turismo religioso movimenta R$ 15 bi por ano; lei de Camila fortalece festejos ao Padre Ibiapina

Uma tendência que cresceu muito durante a pandemia da covid-19 foi o turismo religioso, conforme aponta o Ministério do Turismo. Esse nicho movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano no país, além de 20 milhões de viagens anuais e 8,1 milhões de viagens domésticas movidas pela fé. Esse dado corresponde a apenas turistas, sem contar com as muitas excursões realizadas anualmente.

Para estimular o turismo e reconhecer as tradições religiosas, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) apresentou projeto e é autora da Lei 10.473 que inclui os festejos em memória do Padre Ibiapina no Calendário Turístico da Paraíba. A festa é realizada no distrito de Santa Fé, localizado no município de Solânea, no dia 19 de fevereiro, quando também aconteceu neste ano.

A proposta estabelece que a Associação Comunitária Padre Ibiapina de Santa Fé é autorizada a promover e desenvolver, em parceria com o Poder Público, atividades culturais e artísticas através das mostras das obras missionárias do padre.

De acordo com a Lei, também compete à Associação Comunitária, em parceria com o Poder Público, definir as lideranças para as finalidades do projeto, bem como, os responsáveis por cada etapa do processo, tanto na elaboração da agenda do evento, como a sua estrutura física, utilizando a área própria, equipamentos e auditórios já existentes.

Mais dados

Os números do Ministério do Turismo ajudam a dar a dimensão do turismo religioso no país, que motiva em média 17,7 milhões de viagens anuais em território nacional – movimentando cerca de R$ 15 bilhões, segundo o Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo. E não é para menos: de acordo com pesquisa do Datafolha, feita em 2020, apenas 10% da população afirma não ter uma religião, segundo pesquisa do Datafolha de 2020.

O padre

O padre José Antônio de Maria Ibiapina nasceu em Sobral, no Ceará, em 1806, e morreu em Santa Fé, na Paraíba, em 1883. Foi advogado e juiz de Direito. Depois de viúvo, percebendo que a justiça estava apenas a serviço dos grandes senhores da época, ele abandonou a sua carreira e ordenou-se padre. Ibiapina atuou no sertão nordestino, criando toda uma infraestrutura que favorecesse a vida das comunidades mais carentes, construindo açudes, os primeiros hospitais da região e casas para acolher crianças abandonadas e pessoas idosas.

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