Os deputados estaduais aprovaram nesta quarta-feira (4) a realização de uma Sessão Especial, proposta pela deputada Doutora Paula (Progressistas), para entregar a Medalha Padre de Inácio de Sousa Rolim ao professor Francisco Sales Cartaxo.
A deputada lembrou que a Medalha Padre Inácio de Sousa Rolim – Padre Rolim foi instituída por meio da Resolução nº 1800/2019, e é outorgada às personalidades paraibanas ou não, que tenham de se distinguido através de ação reconhecidamente meritória, em favor do desenvolvimento do Estado da Paraíba, nas áreas religiosa e educacional.
Nascido em Cajazeiras, em 28 de maio de 1939, Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales) é o décimo filho de Cristiano Cartaxo Rolim e Isabel Sales Cartaxo. Estudou na Escola de Carmelita Gonçalves e no Ginásio Salesiano Padre Rolim. Em Fortaleza, cursou o científico e iniciou Direito na Universidade Federal do Ceará, transferindo-se para a Universidade Federal da Bahia.
Ocupou vários cargos políticos, a exemplo de Secretário de Planejamento e Coordenação Geral, no governo de Ivan Bichara Sobreira (1975-78), chefe de gabinete do superintendente da Sudene (1986-87), Secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco, na gestão de Miguel Arraes (1987-89). Diretor da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD/Diper) (1995-96), Assessor Especial do governador Miguel Arraes (1996-97), presidente da Pernambuco Participações e Investimentos S/A – PERPART (1998). Na administração do prefeito João Paulo, do Recife, ocupou a chefia de gabinete do presidente da Empresa de Urbanização do Recife-URB e foi Secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento e Urbanismo (2001-2003).
Escritor, filiado à União Brasileira de Escritores (UBE/PE), publicou os seguintes livros: Política nos currais (1979), Do bico de pena à urna eletrônica (2006) e Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero (2016). Escreveu ensaios e contos, como estes: Declínio das oligarquias estaduais, O Povo, 30/09/1984; Novo ciclo político em Pernambuco, Revista Teoria e Debate nº 68, nov/dez de 2006; Cajazeiras no tempo de João Jurema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, novembro de 2013; Sequestro Relâmpago, em Histórias Curtas, 2005; Escanchado feito um porco, Revista Acauã, 2005/2006.
Foi articulista do jornal O Povo, de Fortaleza, O Norte e Contraponto, de João Pessoa, Gazeta Mercantil Nordeste, do Recife. Desde 2004, escreve para o Gazeta do Alto Piranhas e para os sites Diário do Sertão e Coisas de Cajazeiras. Fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL), na qual ocupa a Cadeira nº 7, pertencente ao patrono, bacharel em direito, Antônio Joaquim do Couto Cartaxo.
Pela Arribaçã, publicou “Antônio Joaquim do Couto Cartaxo e a formação de Cajazeiras”. A obra traça um perfil biográfico do cajazeirense Antônio Joaquim do Couto Cartaxo (1842-1904), bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, deputado federal constituinte, considerado o cajazeirense de maior projeção no século XIX, depois do padre Inácio de Sousa Rolim. De bônus, o discurso de posse do autor como presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).