94,2% dos estudantes relataram problemas de saúde mental; Rafaela Camaraense defende programa nacional de cuidados - André Gomes
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94,2% dos estudantes relataram problemas de saúde mental; Rafaela Camaraense defende programa nacional de cuidados

Levantamento nacional realizado pelo Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior do estado de São Paulo (Semesp) mostra que 91,1% dos estudantes de ensino superior particular e 94,2% dos estudantes de instituições públicas relataram ter tido problemas de saúde mental durante a pandemia e dificuldades para se concentrar nas aulas remotas. Para a candidata a deputada federal, Rafaela Camaraense (PSB), o dado apenas reforça a necessidade de se instituir no país uma programa nacional de atenção à saúde mental dos estudantes.

“Neste Setembro Amarelo, mês de combate ao suicídio, chamamos atenção para os cuidados com a saúde mental dos estudantes. A pandemia do coronavírus causou graves sequelas nos nossos jovens. Precisamos admitir o problema e buscar soluções urgentes. Por isso, defendemos um programa nacional de cuidado com a saúde mental dos estudantes”, disse.

Enquanto deputada estadual, Rafaela lançou um manifesto em defesa da saúde mental da juventude com propostas de políticas públicas. Entre elas, a criação de uma Comissão Estadual de Atenção à Saúde da Juventude e Criação do programas estaduais de atenção à saúde mental da juventude.

A autora da propositura lembrou ainda que um em cada quatro jovens está enfrentando sintomas agudos de depressão, enquanto um em cinco tem sintomas fortes de ansiedade, segundo estudo global feito por pesquisadores canadenses. Destacou ainda que o o suicídio e a segunda causa de morte entre adolescentes.

“Precisamos mudar essa realidade, encontrar soluções para ajudar esses jovens. A saúde mental interfere na vida deles, os afasta dos estudos, do trabalho, da família e da vida social. Em muitos casos, podendo levá-los a morte. O Manifesto em defesa da saúde mental da juventude, mostra o grave problema e apresenta soluções para ajudar nossa juventude nesse aspecto tão importante e que interfere diretamente na vida deles”, destacou Rafaela.

Propostas

Entre as propostas sugeridas no Manifesto estão: Desenvolvimento de programas de assistência à saúde mental da juventude nas escolas estaduais; mais oportunidades de trabalho, a oferta de cursos técnicos profissionalizantes; a elaboração de oficinas para o desenvolvimento e aprimoramento dos talentos, pois a preocupação financeira e a incerteza em relação ao futuro entra como uma das questões que afetam à saúde mental.

Também foram propostas a reformulação e o aprimoramento do ensino nas escolas; acesso aos meios tecnológicos que ajude no processo de aprendizagem; projetos de acesso e de cursinhos voluntários; e incentivo à área cultural e ao desporto; além da efetivação na rede estadual de ensino da Lei 13.935/2021, com a contratação de psicólogos e assistentes sociais.

Ainda foi sugerida a criação de espaços de atendimentos especializados para jovens, com foco na saúde mental, oferecendo atendimentos psicológico, psiquiátrico e psicopedagógico; a implantação de programas estaduais de atenção à saúde mental da juventude; a criação de redes de conversa/diálogo e de terapia comunitária para a juventude; criação de uma Comissão Estadual de Atenção à Saúde Mental da Juventude; e a garantia aos jovens em restrição e privação de liberdade um atendimento especializado em saúde mental.

Dados

A pesquisa realizada pela chegg.org, organização sem fins lucrativos ligada à Chegg, aponta que sete a cada dez universitários brasileiros declararam que a pandemia trouxe impactos na sua saúde mental – o maior número dentre os 21 países que participaram da pesquisa.

Já 87% deles apresentaram estresse e ansiedade e 21% buscaram ajuda profissional. Segundo dados divulgados pelo Google, a busca em 2020 por termos relacionados à saúde mental aumentou em 98%.

Só para se ter ideia do tamanho do problema, a pergunta “como lidar com a ansiedade” cresceu em 33% em relação ao ano de 2019. Para especialistas, o resultado é devido a um aumento de solidão, tristeza e insegurança que foram trazidas pela pandemia.

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