A cachaça Boa do Brejo, de propriedade do princesense Cícero Ricardo, com apenas um ano de vida, venceu a categoria cristal do 21º Concours Mondial de Bruxelles, um dos mais rigorosos e reconhecidos, internacionalmente, pela independência e rigor no processo de degustação. Com a medalha de ouro, se decidiu reservar uma quantidade de cachaça para armazenamento em barris de 200 litros de carvalho Europeu e Americano, a qual descansou e maturou por três anos e dois meses.
Após a abertura dos barris no dia 10 de abril deste ano, observou-se que a Cachaça Boa do Brejo Carvalho é dotada de sabor ímpar, macio frutado e levemente amadeirado, com aromas irresistíveis de baunilha, frutas secas, figos e mel. Por isso, se decidiu que o primeiro lote seria destinado a uma reserva especial, com apenas 3 mil garrafas de 750 ml, devidamente numeradas e certificadas sua autenticidade, por um certificado emitido pelo fabricante.
A cachaça Boa do Brejo estará exposta no estande do município de Princesa Isabel durante a ExpoTurismo Paraíba que acontece no Centro de Convenções, em João Pessoa, nos dias 25, 26 e 27 de maio deste ano.
Cachaça Boa do Brejo
A Cachaça Boa do Brejo é produzida no Engenho São Pedro, zona rural de Areia, no Brejo paraibano, e tem como Mestre Alambiqueiro o Advogado Cícero Ricardo, que adquiriu o Engenho em 2017 e iniciou o processo de modernização dos equipamentos e instalações, seguindo todo protocolo legal e sanitário.
Paralelamente foi escolhida a variedade ideal da cana de açúcar, e definida as áreas de plantio. Após a conclusão de toda reforma, da colheita da cana de açúcar e autorizado pelo Ministério da Agricultura, pela Sudema e pelo Ibama a funcionar, finalmente foi reinaugurado na safra 2019/2020, com uma produção de 60.000 litros de cachaça de excelente qualidade, utilizando apenas o seu “coração”, desprezando as frações da “cabeça” e da “cauda”, o que lhe confere qualidade inigualável e um sabor extremamente macio e suave.
Reserva Cícero Antas Cordeiro – in memoriam
Cícero Antas Cordeiro, nasceu no sítio espinheiro, zona rural de Princesa Isabel, Sertão paraibano, em 15 de outubro de 1936. Menino da roça, que a despeito de todas as dificuldades, queria estudar, mas para isto, tinha que ir todos os dias a pé, até a longínqua cidade de Princesa Isabel, e assim o fez por anos.
Em1962 mudou-se para João Pessoa, onde residiu na casa do estudante, com o sonho de estudar medicina. Em 1963, a duras penas e muito estudo, passou no vestibular da UFPB e cursou medicina, vindo a se formar em 20 de dezembro de 1969, aos 33 anos de idade, e retornou a sua terra natal para clinicar, sobretudo, cuidar dos mais carentes, até seu falecimento em 02 de outubro de 2004.
Cícero Antas Cordeiro foi grande colecionador, apreciador e degustador de cachaças.
Homenagem
O advogado Cícero Ricardo fez um agradecimento ao pai por todas as lições e amizade durante a vida.
“Obrigado meu pai pelas tantas lições, pela amizade e pelo cuidado que sempre teve com nossa família. Meu pai não nos deixou herança patrimonial, mas nos deixou como diretrizes a educação, a honestidade, o trabalho, a dignidade e a fé em Deus”, destacou Cícero Ricardo, por enquanto, proprietário e mestre alambiqueiro da cachaça Boa do Brejo.