Eles são bonitos, possuem uma grande variedade no mercado, difere em concentração e textura, mas são unânimes em sabor e fazer amantes. Trata-se do chocolate, produto que vem sendo consumido cada vez mais no Brasil e que possui uma forma de atrair e conquistar o paladar de idosos, adultos e, principalmente, o de crianças. Por falar nos pequenos, a pediatra do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Ivna Toscano, aproveitou o Dia Mundial do Chocolate, celebrado nesta terça-feira (7), para falar sobre o primeiro contato dos pequenos com o doce.
“A criança só pode ingerir doces a base de açúcar refinado – chocolates, balas, biscoitos recheados – após os dois anos de idade. Isso porque o açúcar refinado além de não ser saudável, devido ao índice glicêmico alto, pode causar seletividade do apetite para doces e futuramente a ingestão em excesso pode trazer malefícios como obesidade infantil”, lembra a especialista.
Para os que já têm acesso à guloseima, a médica explica que quanto menos chocolate melhor, quanto menos industrializados melhor e que não existe quantidade limite, a orientação é “Quanto menos melhor. Os chocolates a 50% ou 70% cacau são menos danosos”, esclarece e sugere.
Influência Alimentar
A pediatra Ivna Toscano destaca que as crianças copiam o modelo alimentar dos pais, então, os pais precisam dar bons exemplos. “Elas são muito observadores, então se há o hábito de consumir muitas guloseimas na rotina familiar certamente a criança também irá acompanhar”, disse.
A médica lembra ainda que as gestantes quando ingerem muito doce na gravidez, por exemplo, podem estimular um apetite maior para doces na criança, por isso a importância de uma alimentação balanceada desde a gestação. “Os primeiros mil dias da criança são determinantes na saúde do futuro adulto. Esses mil dias compreendem do período gestacional até os 2 anos. É o período onde será determinado o padrão alimentar, onde pode-se prevenir o desenvolvimento de obesidade infantil com uma alimentação variada, natural e saudável”, ressalta e finaliza.