A Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), presidida pela deputada Camila Toscano (PSDB), vai realizar no dia 14 de agosto um debate sobre a participação feminina na política e equidade para disputa eleitoral. A audiência pública acontecerá às 10h de forma remota por conta da pandemia causada pelo coronavírus. Participarão dos debates mulheres que ocupam cargos eletivos, presidentes de partidos e representantes da sociedade civil que atuam de forma direta, incentivando a participação feminina na política.
Na Paraíba, apenas 15% do total de cargos eletivos são ocupados por mulheres. “É preciso mudar esta realidade e oferecer igualdade de oportunidade para que a disputa seja justa. Temos que buscar equidade em relação aos gêneros, tratando os diferentes de forma diferente”, destacou a parlamentar.
Das 223 Prefeituras paraibanas, por exemplo, apenas em 40 têm mulher à frente da gestão, o que representa 18% do total. Na Assembleia Legislativa, o percentual da participação feminina é ainda menor, com apenas 13,8% das 36 vagas. “Precisamos levar esse debate para dentro da Casa de Epitácio Pessoa como forma de incentivarmos a participação de mais mulheres na política. Esse é um ano eleitoral e as mulheres devem estar nas disputas das prefeituras e das câmaras municipais”, destacou Camila, afirmando que os partidos políticos devem incentivar e viabilizar essas candidaturas.
Segundo a deputada, a realização da audiência pública tem como objetivo incentivar uma maior participação feminina na política, mas também dar voz as mulheres que hoje estão no comando de prefeituras e nas câmaras de vereadores de todo o estado. “A voz dessas mulheres precisa ser ouvida. Elas têm a capacidade de incentivar outras mulheres mostrando as possibilidades e as realidades que podem ser modificadas por meio da política”, destacou.
Camila afirmou ainda que o debate sobre o tema envolve a qualificação e estrutura para que as mulheres entrem na disputa eleitoral de forma igualitária. “Precisamos falar da importância de ações junto aos partidos políticos, para que eles colaborem com as candidaturas femininas durante as disputas eleitorais. A disputa deve ser igual entre homens e mulheres e as oportunidades partidárias também devem seguir a mesma linha”, observou.