“Eu me recuso a aceitar que estamos caminhando para adotar o uso de ‘todes’, ‘todXs’ ou ‘tod@s’ na nossa comunicação. É esdrúxulo! Acho que a decisão do STF abre precedentes para outras leis que possam permitir o uso desse tipo de aberração em nossa língua. É uma derrota para a língua portuguesa”, opinou.
Jutay Meneses afirma que linguistas defendem que a chamada linguagem neutra prejudica o aprendizado nas escolas e, ao invés de incluir, provoca exclusão. Isso porque, conforme os especialistas, atrapalha a compreensão das pessoas que têm dislexia, confunde os surdos que se comunicam através da leitura labial e atrapalha também os cegos que lêem através do braile e de softwares, que precisariam ser reconfigurados para esse dialeto.
“Eu vejo com muita preocupação esse entendimento. Esse argumento da inclusão levantado por militantes LGBTQIAP+, não se sustenta. Pelo contrário, essa linguagem traria mais dificuldade e exclusão. É um evidente embate aos valores cristãos. Não podemos aceitar essa situação. Já querem impor banheiros para uso de homens e mulheres e interferem também na gramática da nossa língua. É muito absurdo”, afirmou.
Entenda
A ação analisada foi apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). A entidade contestou lei de 2021 de Rondônia que proibiu a linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições de ensino locais, públicas ou privadas; e em editais de concursos públicos.
Linguagem neutra
