A Polícia Federal (PF) na Paraíba, em parceria com a Controladoria-Geral da União, Ministério Público Federal em Campina Grande e Gaeco, deflagrou na manhã desta quinta-feira (2) a operação Cifrão que apura a prática de crimes relacionados à aplicação e desvio de recursos. As acusações são de práticas de crimes de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e de lavagem de dinheiro no Departamento Regional do SESI/PB. Ao todo, estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão.
A investigação demonstra que, em apenas três contratos auditados pela CGU, foram desviados mais de R$ 2 milhões em benefício de empresas, além da existência de vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba (Fiep, Sesi, Senai e o Instituto Euvaldo Lodi)
A operação conta com a participação de 96 Policiais Federais e 9 Auditores da Controladoria-Geral da União e estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campina Grande e João Pessoa.
Um dos mandados de busca a apreensão da Operação Cifrão foi cumprido na casa de Francisco Buega Gadelha, em Campina Grande. Buega é presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) e chegou a ser preso em fevereiro do ano passado no âmbito da Operação Fantoche, da Polícia Federal com a colaboração do Tribunal de Contas da União (TCU), que apurava crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.