O Governo do Estado da Paraíba vem desenvolvendo programas de preservação: o Paraíba Mais Verde e o Sertão Vivo. Coordenados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), as iniciativa têm investimentos de R$ 160 milhões (R$ 150 milhões Sertão Vivo e R$ 10 milhões Paraíba Mais Verde) e estrutura uma série de ações voltadas à recuperação ambiental, ao uso consciente dos recursos naturais e à melhoria da qualidade de vida da população.
O programa Paraíba Mais Verde está organizado em cinco grandes frentes que abrangem desde arborização urbana até regularização ambiental rural, passando pelo combate à degradação de áreas, restauração de ecossistemas e gestão adequada de resíduos sólidos. Todas as ações são desenvolvidas com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e previstas no Planejamento Plurianual 2024–2027.
A secretária de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense, afirma que neste 5 de junho, Dia do Meio Ambiente, a Paraíba tem muito a comemorar. “Este programa reúne várias ações e conta com o apoio e engajamento popular. Estamos falando de um programa que integra educação ambiental, planejamento urbano e participação da comunidade. O Cidade Mais Verde é uma estratégia para preparar a Paraíba para os desafios climáticos”, explica.
Entre os projetos do programa, o Cidade Mais Verde tem papel central. A iniciativa promove a arborização urbana como ferramenta para reduzir ilhas de calor, melhorar o conforto térmico e aumentar o sequestro de carbono. O projeto estimula ainda a criação de Planos Municipais Consorciados de Arborização e oferece suporte técnico a prefeituras, com foco especial em cidades de pequeno e médio porte.
O fornecimento de mudas para essas ações é realizado pelo projeto Viveiros Parahyba do Futuro, que cultiva espécies nativas e exóticas adaptadas da Caatinga e da Mata Atlântica. Além da arborização urbana, essas mudas são usadas em áreas degradadas e projetos de reflorestamento, contribuindo para a regeneração ecológica e o equilíbrio ambiental.
No combate à disposição irregular de resíduos, o projeto Lixão Legal apoia os municípios na erradicação de lixões e na implementação de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs). A proposta busca garantir destinação ambientalmente adequada aos resíduos e prevenir riscos à saúde e ao meio ambiente.
O projeto Regulariza-PB atua na regularização ambiental de propriedades rurais, com foco na validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A iniciativa facilita o acesso a políticas públicas de incentivo à produção sustentável e consolida o planejamento ambiental no campo.
Por fim, o projeto Corredor das Águas promove a recuperação ecológica de bacias hidrográficas estratégicas, como as dos rios Camaratuba, Mamanguape, Gramame e Abiaí. A meta é restabelecer a conectividade ecológica, conservar a biodiversidade e proteger os recursos hídricos do estado.
Já o projeto Sertão Vivo – Semeando Resiliência Climática no Nordeste – está presente em 145 municípios da Paraíba. A iniciativa busca recuperar áreas degradadas, criar corredores ecológicos e ampliar o sequestro de carbono. As ações beneficiam mais de 38 mil famílias agricultoras e vai trabalhar a resiliência climática a partir do uso de tecnologias sociais sustentáveis e melhoria do acesso à água.
“Com base em legislações ambientais federais e estaduais, como o Código Florestal, a Lei da Mata Atlântica e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, essas iniciativas transformam o meio ambiente em uma agenda permanente de Estado, com planejamento, investimento e participação social”, explica Rafaela.
