Os números do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, mostram que os óbitos na Paraíba vêm crescendo, principalmente nos últimos três anos, passando de 36 em 2017 para 38 em 2019. Para reduzir os índices, a deputada estadual e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Camila Toscano (PSDB), defendeu nesta quinta-feira (28), Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna, que o Governo do Estado adote um plano de enfrentamento para evitar o aumento de mortes.
“Por menor que seja o aumento, temos que considerar que são vidas que deixam de existir. É preciso que o Governo do Estado tenham um olhar mais sensível para essa causa de morte de mulheres. É essencial fortalecer a atenção à saúde materno-infantil em toda a Paraíba para que tenhamos um detalhamento das causas das mortes em cada região. A partir disso, é montar um plano de enfrentamento para cada localidade”, defendeu Camila.
De acordo com a Comissão de Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia (Febrasgo), entre as principais causas das mortes estão pré-eclâmpsia, hemorragia, infecções e abortos provocados. No entanto, o que mais chama a atenção, segundo o próprio Ministério da Saúde, é que cerca de 92% dessas mortes são consideradas evitáveis.
Na Paraíba, nos últimos cinco anos, os números de mortes maternas se mantiveram crescentes, apesar de uma queda no ano de 2017 e 2018. Em 2015 foram registrados no Estado um total de 38 mortes, passando para 49 no ano de 2016; para 36 em 2017; para 32 em 2018 e voltando a aumentar em 2019 com 38 mortes de paraibanas.