Um total de 83 mulheres foram mortas, vítimas de crimes letais intencionais, na Paraíba de janeiro a dezembro do ano passado. Deste total, 30 casos são investigados como feminicídio. O número representa um percentual de 36% no número de feminicídios. Este ano o número só cresce em todo o estado. Ao lamentar mais um assassinado na Paraíba, a da estudante de medicina Mariana Thomaz de Oliveira, de 25 anos, a deputada estadual Doutora Paula (Progressistas), defendeu mais segurança e políticas públicas de proteção às mulheres.
Ao citar a frase “quando uma mulher é morta, todas nós morremos juntas”, a deputada diz que é preciso dar um basta a essa situação. “As mulheres estão sendo assassinadas pelas mãos de homens em quem confiavam e por quem nutriam afeto, o que demonstra a crueldade da situação. É muito triste ver que mais uma mulher, jovem, morreu pelas mãos de um homem. Uma mulher com um futuro todo pela frente e que estudava para salvar vidas, foi brutalmente impedida de continuar a viver e realizar seus sonhos”, disse.
Doutora Paula destacou ainda que na sociedade em que o machismo e a misoginia são fundantes e estruturantes das relações e experiências, a violência contra a mulher é algo naturalizado no cotidiano. Para romper com essa mentalidade, é preciso desaprender a misoginia e se educar para a equidade e a justiça. Isso envolve desde a abordagem do tema em sala de aula até a produção de estatísticas que fundamentem as políticas públicas e a realização de campanhas voltadas à população como um todo.
Assassinato
A estudante Mariana Thomaz de Oliveira era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. O corpo dela foi encontrado após a polícia receber uma ligação do suspeito informando que Mariana estava tendo convulsões. O resultado do laudo pericial da morte de Mariana Thomaz ainda não foi divulgado. Mas, o atestado de óbito da estudante apontou que ela foi morta por asfixia mecânica por esganadura.