O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) discutiu com o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), e com representantes do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB) pautas de interesse da categoria. Em debate estavam a igualdade nos vencimentos de concursados e contratados, legalização de gratificações, implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações e reajuste dos R$ 40 pagos por insalubridade.
Os médicos reivindicam a incorporação, legalização e regulamentação da gratificação de produtividade SUS, e a isonomia salarial entre médicos concursados e contratados – o médico servidor público recebe 50% a menos que um contratado.
“É importante valorizar os profissionais de saúde que arriscam a vida para salvar vidas. Estivemos conversando com representantes do Sindicato dos Médicos e resolvemos trazer essa discussão para a Assembleia Legislativa, começando a tratar das reivindicações com o presidente Adriano Galdino”, destacou Tovar.
Para o presidente do Sindicato, Marnio Soleann, essa é uma pauta que não é só dos médicos, envolve todos os profissionais de saúde. A entidade afirma que existem algumas irregularidades na contratação dos profissionais de saúde. Ele lembrou que o Governo conta com 3,1 mil vagas de médicos e desses, apenas 700 são efetivos. A maioria das demais contratações, segundo o presidente, são irregulares.
O Sindicato dos Médicos destaca que desde o início da pandemia, 50 médicos morreram vítimas da Covid-19 e reclama que apesar do trabalho, intensificado na pandemia, a categoria não é recebida pelo governador João Azevêdo e ganha R$ 40 de insalubridade desde 2003.
Em janeiro, houve um aumento de 10% no salário dos servidores, mas para os médicos, esse reajuste é válido apenas no vencimento base, ou seja, um médico especialista concursado que recebia vencimento de R$ 1.408,84, passou a receber R$ 1.549,72. Durante reunião com Tovar, ainda no Sindicato, o presidente afirmou que, no caso dos médicos, o vencimento é só uma parcela do salário. Os profissionais recebem duas gratificações, uma por insalubridade e outra chamada de adicional de representação, que é o principal valor no salário.
“Essa é mais uma categoria que não tem sido valorizada pelo Governo do Estado. Um descaso imenso que precisa ser debatido e solucionado. Vamos expor esse cenário, dar destaque a esse tema e pedir uma resolução de João Azevêdo”, afirmou Tovar.