O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) lamentou o descaso do Governo do Estado em relação aos profissionais de saúde que estão arriscando suas vidas na linha de frente no combate ao coronavírus. O governador João Azevêdo (Cidadania) chegou a vetar projeto de Lei Ordinária 1.586/2020 que garantia o pagamento do adicional de insalubridade no percentual de 40% a todos os servidores da saúde do Estado, de suas autarquias e de suas fundações, que prestarem atendimento nas unidades de saúde a pacientes infectados pelo Covid-19.
Na Paraíba, 3.540 profissionais já foram infectados com a Covid-19, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Além da não valorização, faltam equipamentos de proteção individual para que eles atuem com segurança, salvando vidas.
O adicional seria pago durante o tempo que durar a pandemia, e seria calculado sobre o valor do salário do servidor. Quem já recebesse algum adicional de insalubridade menor do que o aprovado no PLO, o percentual deveria ser corrigido para 40%. “Infelizmente o governador não tem a sensibilidade que teve o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, que garantiu esse pagamento aos profissionais que trabalham no município”, disse.
Tovar lembrou ainda do risco que esses profissionais enfrentam no dia a dia, destacando que mais de 400 médicos paraibanos já foram infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, em março deste ano. Conforme dados do Boletim Epidemiológico, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, dos 3.540 profissionais de saúde que foram diagnosticados oficialmente com a Covid-19 e outros mais 3.534 em investigação, 13% são médicos. Levantamento do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) aponta que sete médicos morreram em decorrência da Covid-19.
O último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Estado mostra que dos profissionais de saúde infectados pelo coronavírus, que estão trabalhando na linha de frente, 29% são técnicos de ou auxiliares de enfermagem, 18% são enfermeiros, 6% agentes comunitários, 3% fisioterapeutas, 2% visitador sanitário, 2%, nutricionistas, 2% dentistas, 2% farmacêuticos e 23% classificados pelo Estado como Demais Profissões.