A Black Friday se consolidou na última década como uma importante data de vendas para o comércio. O evento acontece sempre na última sexta-feira do mês de novembro com o objetivo de esvaziar estoque de produtos dos lojistas antes da temporada de Natal. Para evitar prejuízos ao consumidor, o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) solicitou ao Procon-PB a criação de uma força-tarefa no sentido de intensificar a fiscalização durante a Black Friday.
Segundo o deputado, a força-tarefa tem como objetivo de coibir anúncios fraudulentos ou a majoração de preços no período de véspera onde consumidor acredita estar estabelecendo uma relação de confiança, mas está sendo enganado.
“Apesar de haver descontos e promoções reais, a baixa confiança dos consumidores é fato no Brasil. Uma pesquisa realizada com 23,5 mil internautas do site Reclame Aqui aponta que 48,8% consideram a data uma “Black Fraude”. De acordo com Edu Neves, CEO do Reclame AQUI, na pandemia, a Black Friday ganha contornos cada vez mais peculiares porque a gente está vivendo especialmente no Brasil uma trajetória de inflação em alta, dos preços aumentando”, observou Tovar.
Para o deputado, isso é percebido pelo consumidor, o que adiciona à tradicional desconfiança de não encontrar grandes descontos na Black Friday uma percepção de que os preços só vão aumentar e que vai ser muito difícil ter grandes promoções.
Black Friday
Originalmente criada nos Estados Unidos, a promoção foi criada para oferecer descontos imperdíveis de mais de 50% no preço de tabela dos itens à venda. Desde 2010, a promoção também foi incorporada pelo calendário do comércio brasileiro. O problema é que os preços por aqui não baixam tanto e muitas vezes a propaganda oferta descontos irreais de até 90%. No Brasil, a Black Friday passou a ser chamada de Black Fraude, o que afeta a confiança de consumidores para a data.
