Uso excessivo de telas provoca maior esforço dos olhos e especialista dá dicas de como manter saúde da visão – André Gomes
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Uso excessivo de telas provoca maior esforço dos olhos e especialista dá dicas de como manter saúde da visão

O médico ressalta que quando alguma disfunção de desenvolvimento é detectado, logo é iniciado uma estimulação visual

As telas se tornaram grande aliadas nesta pandemia do novo coronavírus. O contato com o mundo externo passou a ser feito através delas em aulas, trabalho, interação entre familiares e amigos. Apesar de contribuir para minimizar a distância em tempos de isolamento social e possibilitar o bom andamento das atividades para quem segue em home office, a verdade é que o uso das telas, que nos últimos meses se tornou excessiva, pode ocasionar cansaço físico afetando diretamente a visão e evidenciando problemas, até então, “mascarados”.

O oftalmologista do Sistema Hapvida, Daniel Gielkop Formiga, afirma que neste período de distanciamento social tem percebido um aumento nas queixas visuais e aponta que dores de cabeça, lacrimejamento e ardência são as mais comuns. “Essas queixas se devem ao fato de um maior esforço dos olhos que, naturalmente, ocorre quando fixamos a visão para perto, porém quando ficamos tempo excessivo ocorre também um esforço extra na musculatura ocular que faz a função de foco para curtas distâncias”, explica.

O médico esclarece ainda que para longe os olhos não fazem tanto esforço quanto para curtas distâncias, ao contrário do que se pensa. “Isso devido ao fato de a atenção está focada para perto, ocorre uma disfunção de lubrificação da superfície ocular, os olhos piscam menos quando a atenção a curta distância está aumentada e com isso não ocorre uma boa lubrificação da superfície ocular, gerando lacrimejamento reflexo e ardência nos olhos”, explica.

Daniel Gielkop Formiga sugere algumas atitudes práticas que podem contribuir para minimizar os danos causados à visão pela exposição excessiva às telas. “Fazer intervalos é essencial, lembrar de piscar também ajuda. Ambientes com ar condicionado ficam mais secos e colírios lubrificantes podem ser usados. Tirar a atenção da curta distância e focar a visão em algo distante é uma opção que ajuda a relaxar os olhos ou até mesmo mantê-los fechados por alguns minutos”, orienta.

Quando buscar um especialista?

O oftalmologista do Sistema Hapvida lembra que a partir de um sinal de desconforto ocular, a indicação é buscar um oftalmologista. “Para os que já têm algum tipo de deficiência na visão é recomendada consulta periódica. As condições oculares são das mais diversas possíveis, cada pessoa deve receber uma orientação adequada para sua situação”, pondera.

Crianças

No caso da exposição às telas de eletrônicos para crianças, Daniel Gielkop Formiga afirma que recentemente foram realizados estudos que indicam uma possível lesão das células da retina quando expostas há muitos anos a certo tipo de frequência de luz azul emitida destes aparelhos. “Mas já existem tratamentos das lentes de óculos que filtram a parte nociva desta frequência de luz azul”, destaca.

O oftalmologista faz um alerta para questão do desenvolvimento da visão das crianças, que fecha o processo por volta dos sete anos de idade. Afirma que os pais devem levar os filhos, mesmo sem queixas, para consultas de rotina. “Muitas vezes, apenas um dos olhos tem alguma condição e a criança não sabe informar direito o que sente, ainda não existe um discernimento nessa faixa etária para que a criança chegue para o pai e fale “meu olho esquerdo não está bem”, por exemplo”, explica.

O médico ressalta que quando alguma disfunção de desenvolvimento é detectado, logo é iniciado uma estimulação visual para que esse desenvolvimento ocorra. “Na minha prática clínica gosto de pedir para os pais trazerem seus filhos para consulta rotineira aos quatro anos, que é uma idade em que as crianças já têm uma interação melhor com o médico e o exame flui com tranqüilidade. É claro que em caso de suspeitas de alguma condição trazer os filhos antes dos quatro anos também é válido”, aponta.

Daniel explica ainda que crianças que aproximam muito os olhos das telas ou tropeçam muito podem ser míopes, ou seja, não enxergam bem para longe. Já as que apresentam muita dor de cabeça podem ter a hipermetropia e cansam muito os olhos pelo esforço excessivo que fazem ao ficar muito tempo nas telas de celulares e tablets.

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