O vereador e presidente da Frente Parlamentar de Inovação e Empreendedorismo da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Thiago Lucena (PRTB), defende que a Prefeitura da Capital reveja algumas etapas do Plano de Retomada da Economia para que possa garantir a antecipação de reabertura de setores do comércio, previstas apenas para a terceira etapa. Para o parlmentar, algumas decisões precisam ser analisadas para que não leve o setor ao colapso. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (16) mostram que comércio brasileiro despencou 16,8% em abril diante dos impactos da pandemia da Covid-19, a maior queda dos últimos 20 anos.
“Precisamos rever algumas decisões do decreto para que alguns setores possam antecipar a abertura para a segunda fase, uma vez que estão programadas para a terceira. Estamos perto de um colapso no comércio da cidade, visto que o prazo da Medida Provisória 936 acabou. Não existe qualquer possibilidade de manter o comércio fechado por mais um ou dois meses, pois os empreendimentos estarão fadados a não conseguir mais reabrir”, destacou.
Esta é a terceira queda consecutiva do indicador, segundo o IBGE. O resultado de abril foi influenciado, principalmente, pelo recuo nas vendas de tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), seguido de Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%). Todos os ramos de atividade pesquisados pelo IBGE sofreram quedas, até os setores considerados essenciais durante a pandemia, como Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-11,8%).
Home Care
Observando os dados e a realidade em João Pessoa, Thiago Lucena defendeu um diálogo mais aprofundado entre a Prefeitura e o setor produtivo. Também voltou destacar a utilização do sistema Home Care de empresas existentes na capital paraibana, como ação de combate à Covid-19. A proposta apresentada pelo vereador e aprovada pela CMJP tem por finalidade promover desocupação dos leitos do sistema público de saúde municipal.
“A ideia é que pacientes, sem sintomas da Covid-19, obedecendo a avaliações e recomendações médicas de cada caso, obviamente, e com o consentimento deles, possam concluir a recuperação de sua saúde em suas residências e, assim, passando a ofertar mais vagas nos hospitais públicos de João Pessoa para o tratamento de pacientes acometidos pelo coronavírus”, explica Thiago.
Etapas da Flexibilização
O primeiro momento de flexibilização foi iinicado na segunda-feira (15) com o funcionamento integral dos serviços essenciais. O comércio atacadista, fundamental no abastecimento de outros setores, segue aberto. Construção civil, concessionárias, revendas de veículos e locadoras, além de empresas de assistência técnica, poderão funcionar, seguindo as regras de prevenção. No sistema de delivery e drive thru poderão atuar as lojas de material de construção, serviços de alimentação, óticas e estabelecimentos de varejo. Salões de beleza podem receber um cliente por vez, sempre a partir de agendamento, sem filas. Igrejas podem ser reabertas com apenas 30% dos fiéis.
Como medidas preventivas e forma de preservar o isolamento social, o transporte público seguirá temporariamente suspenso, assim como escritórios de profissionais liberais, serviços públicos não essenciais e a circulação em praias, parques e praças. Feiras livres, comércio ambulante, academias de ginástica, museus, teatros e cinemas, além de atividades presenciais de educação, também seguem fechados. As etapas 2, 3 e 4 serão implementadas com base nos indicadores de saúde, até que a Capital complete o retorno integral à nova normalidade.