O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que vai sancionar o projeto que libera socorro financeiro de R$ 60 bilhões a estados e municípios em decorrência da pandemia do coronavírus. Ele disse que vetará alguns pontos, mas não detalhou quais. O único consenso é de que será vedada a possibilidade de conceder aumento a servidores públicos até o final do ano que vem, atendendo a um pedido do Ministério da Economia e dos estados.
O texto está na mesa do presidente para sanção ou veto desde o dia 6 de maio. O anúncio foi feito durante uma reunião entre Bolsonaro e os governadores, realizada por videoconferência. O encontro durou cerca de 1h e teve clima amistoso, indicando uma possível trégua na sucessão de atritos entre o mandatário e chefes de Executivo estadual. Horas antes, em encontro com apoiadores.
O governador João Azevêdo (Cidadania) disse que a reunião foi proveitosa. Segundo ele, o presidente Bolsonaro garantiu vetar ponto que prevê reajuste para servidores para dezembro de 2021. “O foco foi claro nas discussões do projeto aprovado pelo Congresso Nacional e no pleito dos governadores de agilizar essa medida, que também suspende as dívidas dos Estados com a União e com os bancos”, avaliou.
Azevêdo também informou que houve um apelo dos governadores para que a primeira parcela do auxílio pudesse já ser liberada no mês de maio. “Isso faria uma diferença significativa para as finanças dos Estados e municípios do país. A reunião foi extremamente propositiva, respeitosa e que poderá ser um marco para que a gente possa, a partir de agora, construir uma relação que permita que a gente enfrente essa crise”, observou.