Em plena execução da 2ª Fase de seu plano de flexibilização, a gestão municipal demonstra incoerência, insensibilidade, falta de planejamento, ausência de diálogo com o setor produtivo e indiferença com empreendedores e trabalhadores, na opinião do vereador e presidente do Cidadania-JP, Bruno Farias.
“Qual a lógica, por exemplo, em proibir atividades físicas individuais em lugares abertos e permitir a volta do futebol profissional? Sem diálogo com a cidade, sem planejamento e com base em achismos, a PMJP vai conduzindo João Pessoa em meio a um dos momentos mais desafiadores da sua história. Esse amadorismo precisa acabar”, cobra.
A personal trainer, Fabiola Monteiro, também não vê lógica nessa proibição. “Não tem lógica. A prática regular de exercícios está associada a uma melhora na função imunológica, otimizando as defesas do organismo diante de agentes infecciosos. Estamos enfrentando a pandemia do covid e do sedentarismo”.
Outra prova da falta de planejamento da gestão municipal é o atraso no retorno do transporte público coletivo, uma vez que a prefeitura pediu mais uma semana para higienizar paradas de ônibus e terminais de integração, bem como definir o protocolo de retorno. “Lógico que as medidas são importantes, mas a prefeitura não sabia que deveriam ser realizadas? Por que o protocolo de retorno do transporte público já́ não estava pronto? Por que não ter dialogado com o setor de transporte com antecedência? Por que tanto improviso para tratar algo tão sério que impacta tão duramente a nossa cidade?”, questiona Bruno.
O parlamentar acredita ainda que, embora os indicadores estejam evoluindo, a flexibilização não acompanha esse progresso e uma das grandes consequências recai nos ombros dos comerciantes. “A dura realidade é que, por exemplo, muitos bares e restaurantes não terão mais condições elementares e saúde financeira para retomarem as suas atividades. Demitiram colaboradores, pagaram pesados e elevados encargos sociais, tributários e trabalhistas, e também não tiveram acesso ao crédito através do PRONAMPE. Uma pena essa situação”, avalia.
Segundo Bruno é preciso compatibilizar a proteção da saúde e a preservação de empreendimentos e de postos de trabalho. O Setor de Alimentação Fora do Lar já dispõe de protocolos rígidos de segurança, higiene e distanciamento social que, uma vez adotados, vão, a um só tempo, salvar vidas, empregos e empresas. “Se a abertura ampla, total e irrestrita é medida inconsequente, insensata e irresponsável, o fechamento e a proibição de funcionamento não são a cura, a vacina, o antídoto ou a medida profilática mais indicada”.
O empresário Fábio Bezerra Cavalcanti concorda. “Os restaurantes de João Pessoa, pedem socorro! Aliás, o comércio em geral, clama por isso. O vereador está de parabéns pela sensibilidade em perceber isso e defender nossa bandeira”, declara.