Xenofobia, calúnia, difamação e intolerância religiosa são alguns dos crimes supostamente cometidos pelos brothers no BBB21 – André Gomes
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Xenofobia, calúnia, difamação e intolerância religiosa são alguns dos crimes supostamente cometidos pelos brothers no BBB21

O Big Brother Brasil vem dando o que falar. Nesta edição 21, alguns brothers estão sendo acusados de crimes pelas suas falas e atitudes dentro da casa e entre eles estão xenofobia, calúnia, difamação e intolerância religiosa. Até a acusação de “racismo reverso”, que segundo especialistas não existe, se caracterizando como discriminação, surgiu.

A curitibana Karol Conká é uma das participantes que gera mais polemicas, mas ela pode responder a uma série de crimes devido a atitudes cometidas no reality show. O secretário-geral da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas da Paraíba (Abracrim-PB), Arthur Asfóra, ressalta que as falas e reações da cantora contra alguns participantes podem se enquadrar em infrações como difamação, xenofobia e calúnia.

Entre as falas problemáticas da cantora, internautas apontam quando Karol humilhou o participante Lucas impedindo-o de permanecer na mesa enquanto ela almoçava, além de chamar a paraibana Juliette de ‘fragmentada’ e afirmar que ela estaria se fazendo de louca no jogo. A artista também acusou Carla Diaz de dar em cima do participante Arcrebiano e protagonizou uma das maiores brigas da edição ao acordar e humilhar a atriz debaixo de gritos de ‘falsa’ e ‘sonsa’.

Conforme Arthur, a cantora pode responder por difamação, que é um dos delitos previstos nos ‘crimes contra a honra’ e acontece quando o agente imputa um fato ofensivo a reputação de outra pessoa, pouco importando se é verdade ou não – com a finalidade e potencialidade de atingir a reputação da vítima perante a sociedade, o que pode ser o caso das ocorrências no programa. “Se for comprovado que ela difamou os participantes, a queixa-crime pode ser ingressada e a penalidade é detenção de três meses a um ano, além da multa”, pontua.

Outro episódio polêmico da curitibana que repercutiu nas redes sociais ocorreu quando ela disse que as pessoas de sua cidade eram ‘educadas’, enquanto a jogadora Juliette, teria comportamentos invasivos. “Me disseram que na terra dessa pessoa é normal falar assim”, disse ela, se referindo à Paraíba, estado em que maquiadora nasceu e vive.

Para Arthur, a fala da participante dá a entender que existe algum tipo de superioridade em sua conduta devido ao local onde nasceu, o que pode ser considerado xenofóbico. “Esse é um tipo de preconceito praticado contra quem possui cultura diferente da sua, de forma que o acusado vê algum tipo de descrédito na vítima por conta de sua origem”, analisa.

Enquanto estava na casa, o modelo Arcrebiano também foi alvo da cantora, que após realizar diversas investidas no colega, reprovou seu comportamento e espalhou pela casa que o jovem estaria se utilizando dela e sendo até mesmo ‘abusivo’. No mesmo sentido, Karol afirmou para seus adversários que Carla Diaz poderia ir em suas redes sociais e convocar seguidores para chamá-la de macaca – o que, se efetuado, seria racismo.  O advogado pontua que ao atribuir crimes a outras pessoas, a dona do hit ‘Tombei’ pode estar cometendo calúnia. “Quando se imputa, falsamente, a prática de uma conduta criminosa, a vítima dessas acusações pode acionar a justiça para que o autor das ações responda criminalmente”, avalia.

A psicóloga Lumena Aleluia vem sendo acusada de “racismo reverso” contra Carla Diaz, por tratar de forma pejorativa o fato de a atriz ser branca, chegando a dizer que ela é “cagada na branquitude”, “sem melanina”, “desbotada” e “olho de boneca assassina”. O especialista destaca que este caso se enquadraria em discriminação, pois “racismo reverso” não existe. Nego Di, Projota, Karol Conká e Lumena são acusados de intolerância religiosa por ironizar a Umbanda, religião de Lucas Penteado.

Big Brother Brasil

Confinada no reality show, Karol Conká já foi denunciada 25 vezes ao Ministério Público do Rio de Janeiro por condutas consideradas discriminatórias e ofensivas. Agora, ela pode ser investigada pelo órgão. Também foram abertos inquéritos para apurar intolerância religiosa e um parlamentar entrou com ação por ‘racismo reverso’.

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